domingo, 10 de janeiro de 2010

A velha e as quatro colunas

 Havia feito as últimas provas do ano na Unijuí. Estava na rodoviária aguardando o ônibus para voltar pra casa. Dia 17 de dezembro de 2009. Está tudo anotado no meu caderno, onde aponto enquanto aguardo em filas e coisas do tipo. Neste dia referido, a rodoviária de Ijuí me pareceu subitamente mística (ou mítica).
A anciã saiu do banheiro e veio em direção à saída, andando com seu cabo de vassoura como um cajado, sua condução, lhe ajudando a firmar os passos. Fui remetida aos profetas, num lampejo que não me tirou dali, mas trouxe para aquele momento e lugar uma visão fugaz e inebriante. A velha, de lenço na cabeça, tão velha e pobre, ventando e ela andando pela rodoviária vazia (por momentos) sob o enfeite de natal imenso pendendo do teto. As quatro colunas por onde a velha passou, enfeitadas com laços dourados e flores vermelhas, me instigaram algo que na hora eu não soube definir - nem agora sei, mas posso arriscar uma lógica impalpável das quatro matriarcas Sara, Rebeca, Lia e Rachel (Apontamento para desenvolvimento posterior pra variar). - O chão branco do piso grande; atrás, na parede, a árvore pisca.
Que visão breve e estranha. Quantos a viram assim? O que vi afinal?
 Sinagoga de Tomar.
Este momento que registrei toscamente, levou-me a buscar algo sobre quatro colunas e com isso trouxe à tona as matriarcas e é sobre elas que pretendo me debruçar para saber do que se trata e pra que. Mais do que tatear no escuro, sigo a Luz que é a Palavra de Deus. as razões que podem nos parecer obscuras vão clareando nosso entendimento e moldando nossos corações no poder e amor de Deus. Assim seja, aleluia.

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