quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Preludiando a dialética

A pouco, cedo da manhã, comecei a ler um pequeno livro (ebook) sobre dialética; afinal, o que é dialética? E eis que logo em seguida, ao abrir meus emails, resolvi entrar no site Bacia das almas, cujo o link sempre recebo e nunca de fato entro. Ao entrar, o assunto era justamente o diálogo! Falando em Platão e a comunicação eletrônica, a internet e seus afins. Bem, em meio a tanta informação, há que se reter o que é bom. Procuro não me perder no vazio da superlotação onde escorre muito bla-bla-bla. A gente não deve se perder em contestáveis argumentos e inúmeros sofismas como já nos alertava o pr. Romildo - amigo e pastor querido. Eu nem sabia o que é sofisma e pra dizer a verdade não o sei ainda. Tenho a mais reles noção, ainda estou aprendendo e até me questiono a razão de querer saber tanta coisa. Mas  parece interessante saber. Até porque, conversar com gente metida a sabe-tudo requer certos empenhos, para o bem deles mesmos (como disse o apóstolo Paulo, vale fazer-se tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns 1 Cor. 22); Ainda não disse o que é dialética. Parece tratar da arte do diálogo. Mais um apontamento. Mencionei o verbo parecer duas vezes até agora. Apontar aparências requer investigá-las para que sejam esclarecidas afinal, não se deve viver de aparências. Li esses dias algo sobre bovarismo e me questionei se sofro deste mal. O que é bovarismo? Também não sei ao certo. Algo como ilusão, foi o que entendi. Mais um apontamento a desenvolver. Antes, quero dizer o que é dialética. No livrinho que estou lendo (recém comecei) diz: "Dialética era, na Grécia antiga, a arte do diálogo. Aos poucos, passou a ser a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão (O que é dialética - Leandro Konder - Editora Brasiliense). Modernamente como afirma o autor, dialética quer dizer outra coisa: o modo de pensarmos as contradições da realidade, o modo de compreendermos a realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação. Vida ou morte, sono ou vigília, juventude ou velhice são realidades que transformam umas nas outras. A velha máxima que um homem não toma banho no mesmo rio duas vezes foi explicado por Heráclito que a lançou: porque da segunda vez não será o mesmo homem e nem estará se banhando no mesmo rio (ambos terão mudado). Agora eu pergunto: será mesmo? Por que tenho que aceitar como absoluta a sentença de Heráclito? Tudo o que sei dele é o pouquinho que li. Nada. Foi um filósofo grego. E sim, mudamos. Mas e a essência? Só Deus mesmo pode nos transformar de fato. Sem Ele, só pioramos com as amarguras da vida que tanta desilusão nos impõe. A expressão "mundo cão" não é vã e pouco se diz hoje. Cada um por si e Deus chamando a tantos (Ide! Grande Seara...-Marcos 16:15; Lucas 10:2). Até quando ouvidos surdos padecerão? Bem, ao prosseguir a leitura do livrinho, vi que realmente meu questionamento tem fundamento (e por que não teria?); os gregos, assim como eu, acharam abstrata a concepção de Heráclito e o chamaram de Heráclito, o Obscuro. Eis que Parmênides rouba de Heráclito a cena e diz o que acabei de dizer: a essência não muda, pois a mudança restringe-se à superfície. Estou escrevendo enquanto leio e argumentei antes de ler o que acabei de relatar. Interessante. Estou vivendo. Enquanto vivemos muitas vezes não sentimos que estamos vivos. Jesus Cristo veio para nos dar vida em abundância e Ele não mente. Precisamos correr e aprender dEle. O Mestre Humilde e Manso. Não posso impedir minha boca de falar e meus dedos de escrever sobre o que está cheio o meu coração, independente do que  estou tratando. "Escapa" meu sentimento, minha vontade de falar nEle, "escapa" a Palavra de Deus que é Viva e eficaz. Aleluia. A linha de pensamento de Parmênides é chamada de metafísica - também não sei ao certo o que é. Estou aqui montando por apontamentos questões a serem devidamente esclarecidas ainda que nem todas imediatamente. São apontamentos. Aos poucos vou desenvolvendo pois assumo aqui minha dificuldade de organização. Estou aprendendo e venho aprendendo que a melhor forma de aprender é praticando. Tudo. Até mesmo milagres a gente pode fazer com a graça de Deus que honra nossa fé. Honra Sua Palavra que diz que sem fé é impossível agradar a Deus. Eis que venho lutando para praticar minha fé, que para crescer precisa ser usada. Peço a Deus a fé sobrenatural enquanto uso minha fé natural. Há muito minha paralisia me cegou. Mas agora corro, corro porque o tempo urge e os dias são maus. Voltarei mais tarde se Deus quiser, para tratar destes e outros apontamentos.

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